Casos de família

Aconteceu ontem, 26/08. Saímos do treino e resolvemos tomar uma breja lá na Rua Lisboa. Como já tinha passado da 1h, os bares já estavam fechados. O Johny lembrou então de uma padoca lá na fradique com a cardeal que ficava aberta 24h. Breja: R$ 4, 60. Justo! Mas aí, o Miltinho resolveu fazer uma rápida pesquisa nos outros bares de esquina. Gênio! Achou um bar que vendia Itaipava por R$3,50. “Na brisa do açaí” era o nome. Com o calor que estava, sentamos do lado de fora.

Foi o tempo de esvaziarmos duas garrafas em 6 pessoas que o Sereno apareceu depois de falar ao celular:
- Ow, a muié tá mandando a gente entrar.
- Como assim, Sereno?! Responderam uns quatro.
- Ela virou de frente pra mim com o dedo esticado (na altura da barriga), apontando pro bar e mandou a gente entrar!
Aí que vimos a polícia do outro lado da Rua, conversando com o povo do outro buteco e entendemos tudo. Lei do psiu. E o Hamilton disse:
- Não pode ficar aqui fora.É só ir pra dentro. De boa.

Foi o que fizemos. Sentamos numa mesa que ficava encostada em um janelão e pedimos mais duas brejas. Mas aí o que parecia um simples trocar de mesas, começou a virar uma Operação MacGyver.

O pavor estava estampado na cara das tiazinhas que estavam tomando conta do recinto. Um delas subiu pro segundo andar pra olhar a movimentação da polícia. A outra começou a descer os portões da frente, apagou as luzes da entrada e mandou todo mundo falar baixo. Logo, ela apagou as luzes de todo o bar, colocou uma tábua de madeira atrás da nossa mesa que tapava ¼ do janelão e pediu para que todos saíssem da janela. Já tava quente! Mas ela achava que, assim, iria despitar os "homi". Detalhe que a TV, ligada, fornecia luz suficiente para quem estava de fora, poder ver a movimentação lá dentro.

Dali um tempo, ela disse:
- Já passou da 1h. O bar já era pra tá fechado. A multa é R$ 32.000,00.

Então ficamos todos ali, de pé, no escuro, encostados no balcão.
O Thiaguinho queria mais uma breja. O Naka e o Sereno riam da situação. O Hamilton queria, pelo menos, uma porção grátis de amendoim pela nossa colaboração. O Olé e o Johny não entendiam tanta movimentação, já que a polícia, com certeza, já tinha visto as pessoas que estavam no bar, antes de todos entrarem. O Finazzi, não sei pq, foi parar no banheiro onde tava um puta breu. O Alemão começou a desconfiar que fosse pegadinha do programa do Finaz. Que calor!

O Thiaguinho, com sede, foi então pegar duas brejas no freezer. Nesse instante, pelo janelão, Johny, Olé e Hamilton viram os dois carros da polícia cruzando, vagarosamente, a cardeal, pela mourato coelho. Foi nítido! Um dos policiais, mesmo estando a 50 metros de distância, pareceu olhar fixamente para nossas caras. Da janela do carro de trás dos da polícia, uma mão acenava, parecendo dizer:
- Já tô indo ai.

Alertamos, então, a tiazinha e demos a idéia para que todos saíssem antes deles completarem a volta no quarteirão. Boa! Pegamos as mochilas e descemos a cardeal no trote. O Johny, então, pensou que se o Túlio estivesse ali, iria curtir muito aquela “fuga”. O Finazzi perguntou pro Thiaguinho pq que ele não pegou as duas brejas. "Saímos sem pagar!", foi dito por mais de um.

Solução: Fomos para um bar na esquina de baixo. Foi o tempo de umas seis cervejas para aparecer a tiazinha do outro lado da esquina, pedindo pra Família voltar. Papelão! Ignoramos e rimos